O que é?
A Epilepsia é um distúrbio que afecta o cérebro, expressando-se através de crises – manifestações motoras, sensitivas, sensoriais, psíquicas ou neurovegetativas. Estas crises correspondem a uma descarga anormal de alguns neurónios cerebrais, súbita e imprevisível, que afecta, assim, o pensamento ou o corpo, sem que o doente a possa controlar, podendo durar entre alguns segundos e vários minutos.
Geralmente, as crises são associadas a convulsões por todo o corpo e contracções de um dos membros ou face, mas existem vários tipos, cuja frequência e manifestação variam de doente para doente.
A epilepsia é a disfunção do sistema nervoso mais comum do mundo, afectando cerca de 50 milhões de pessoas em todo o mundo, independentemente da idade, do sexo, da raça, do estrato social ou da nacionalidade.
Em Portugal, cerca de 50.000 pessoas sofre desta doença. No entanto, com as crises controladas, é possível ter uma vida normal, trabalhar, conviver com amigos, namorar ou casar, ter filhos… Como qualquer outra pessoa.
Diagnóstico
O diagnóstico é, em geral, simples e rápido. As descrições das crises feitas pelo doente ou pelo acompanhante (é importante que os doentes se façam acompanhar de uma testemunha das crises à consulta para que estas possam ser mais objectivamente descritas) são geralmente suficientes para o médico fazer o diagnóstico de epilepsia.
Contudo, o médico poderá ter necessidade de recorrer a exames para classificar o tipo de epilepsia de que sofre o doente. Um dos mais frequentes é o electroencefalograma, que avalia as actividade eléctrica cerebral. Exames imagiológicos, como a tomografia axial computorizada (T.A.C.) e a imagem por ressonância magnética (I.R.M.), poderão ser determinantes para identificar a eventual causa da epilepsia.
Controlar a Epilepsia
Ter epilepsia não implica que não possa ter uma vida normal. Basta seguir algumas regras, além de cultivar um estilo de vida saudável e equilibrado, como todas as outras pessoas.
Tome a sua medicação antiepiléptica às horas certas - Uma das causas mais comuns das crises não controladas é, precisamente, não tomar os medicamentos correctamente. Suponha que se esquece de tomá-los uma vez: a quantidade de medicamento remanescente no sangue das tomas anteriores pode não ser suficiente para controlar as crises.
Durma bem - Noites mal dormidas aumentam o risco de uma crise epiléptica. Tente descansar bem, dormindo entre sete e dez horas por noite (dependendo da sua idade).
Reduza o stress - O stress é um verdadeiro aliado das crises e, por isso, deve minimizá-lo ao máximo, divertindo-se, usando técnicas de relaxamento, evitando desportos de alto risco (alpinismo, parapente, asa-delta, etc.) e todas as outras actividades que possam aumentar substancialmente o nervosismo.
Evite tomar estimulantes - O café, o álcool, as drogas e o ruído podem aumentar o número de crises porque interferem na actividade dos neurónios.
Consulte regularmente o seu neurologista - Só assim poderá controlar o desenvolvimento da sua doença e obter os melhores esclarecimentos para todas as suas dúvidas.
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